27 de janeiro de 2009

A violência doméstica - noções importantes - dados EUA


A violência doméstica (VD) não ocorre somente com pessoas pobres, de baixo nível educacional, em famílias pequenas e “disfuncionais”. Este tipo de violência verifica-se em médicos, ministros, psicólogos e professores que batem em suas esposas.

A agressão existe de igual modo em famílias ricas, brancas, cultas e respeitáveis.

Segundo os dados cerca de metade dos casais nos EUA experimentam violência em algum momento da sua vida em comum. Estes dados também são idênticos em muitos outros países e não, só nos EUA.

Na realidade, nas “disputas” domésticas, um parceiro é espancado, intimidado e aterrorizado pelo outro. Não é um combate mútuo ou duas pessoas em luta ou apenas a discutir, mas sim uma pessoa que domina e controla a outra, e, em quase 95% dos casos, o homem é o perpetrador da VD.

Para poder acabar com este tipo de crime podemos questionar-nos por exemplo sobre: porque é normalmente o homem que é violento nos relacionamentos?

Uma das respostas poderá ser dada através da análise da permissão histórica e legal – nomeadamente a nível do dito”senso comum” - que tem sido dada aos homens para serem violentos em geral, e para serem, especificamente, violentos com as suas esposas e filhos. Existem raros casos de mulheres que batem nos seus parceiros (mas existem). A violência também existe em relacionamentos entre gays e lésbicas nos quais sobreviventes de abuso podem ouvir que a sua situação é rara, ou que estão a viver numa relação inaceitável socialmente, mas isto não torna os factos sobre a violência menos sérios e válidos.

A violência doméstica não é usualmente um evento único, um incidente isolado. Uma vez que a violência começa numa relação, tende a piorar e a tornar-se mais frequente com o tempo. O abuso não é um único ataque físico. É um determinado número de tácticas, como por exemplo, a intimidação, a ameaça, a privação económica, a agressão psicológica e sexual, que são usadas repetida e continuamente. A violência física é mais uma destas tácticas. Alguns especialistas têm, inclusive, comparado os métodos usados pelo agressor com aqueles que são utilizados por terroristas para subjugar seus reféns.

Outro mito a ser combatido é o que generaliza ao máximo de que os agressores são loucos. De facto, apenas uma percentagem extremamente pequena de agressores tem comprometimento a nível mental. A vasta maioria é totalmente normal, e geralmente charmosos, persuasivos e racionais. A maior diferença entre eles e os outros é que eles usam a força e a ameaça para controlar suas companheiras.



Nos EUA uma mulher é espancada a cada quinze segundos.

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